sábado, 16 de fevereiro de 2013

Dicas de Deck Building #01

Olá, caros leitores! Hoje estou de volta para falar sobre um assunto essencial para todo jogador, o que não o impede de ser desafiante até para os jogadores mais experientes. Trata-se da construção de decks (Deck Building), uma das primeiras etapas antes de se começar a jogar Yu-Gi-Oh!



Em primeiro lugar, é importante saber que, quando se monta um deck, espera-se minimizar os efeitos da sorte e maximizar as chances de abrirmos com boas mãos. Nesses quesitos entram a Consistência e a Versatilidade de seu baralho.

Eu costumo dizer que a Consistência é o quanto você pode confiar no potencial de seu deck funcionar realizando os combos esperados e/ou te dando oportunidades de obter situações favoráveis, enquanto a Versatilidade diz respeito a como você pode lidar com diversos cenários de jogo recorrendo ao mínimo de cartas possíveis com  objetivo de se adaptar aos seus estágios. Para ampliar esses atributos é possível recorrer a alguns recursos que têm como princípio trazer o melhor do baralho para jogo da maneira mais segura e rápida possível. Todo meta utiliza pelo menos uma dessas estratégias:

#01 - Busca/Search
Quando falamos em "buscar", certas cartas nos vêm à mente como Sangan, Giant Rat, Reinforcement of the Army e Pot of Duality. Essa ideia está correta, pois tudo isso realmente te ajuda a selecionar cartas convenientes para cada momento. O uso de buscadores tem a vantagem de aumentar a consistência - e a versatilidade - com um investimento muito baixo, logo ataca justamente os pontos que influenciam o bom funcionamento de qualquer deck.


Todavia, não é um método perfeito, pois, na maioria dos casos, é vulnerável a cartas como Thunder King Rai-Oh e Mind Crush e dá ao oponente informação do que você possui na mão. Esse último aspecto permite que o adversário "jogue em torno" de suas cartas, mitigando a eficiência delas. No caso de buscadores por batalha, há a dependência em receber um ataque, deixando seu usuário em um estado passivo durante um tempo.

Apesar de muitos buscadores serem restritos a certos arquétipos ou estarem na banlist, se for possível adicionar algum ao seu deck, faça-o! O acesso a cartas específicas ou peças de combos é sempre positivo. Grandes metas de sua época, como X-Saber, Six Samurai, Infernity e Inzektor, dependiam e continuam dependendo de um bom Search para se manterem funcionando apropriadamente. Quando montar seu baralho, pense nisso.

#02 - Afinar Deck/Deck Thinning
Uma outra boa maneira de se evitar inconsistências é recorrer a meios de "enxugar" o deck, retirando cartas que podem virar Dead Draws, topdecks ruins, ou simplesmente mais úteis no cemitério. Aqui entra Foolish Burial, Armageddon Knight, Dragon Ravine (segundo efeito), Swap Frog, Lavalval Chain e muitas outras opções de remover o "desnecessário".


No entanto, nem sempre essa opção será bem vinda. É preciso ter alvos dignos de serem enviados ao cemitério, onde vão cumprir seu papel e darão espaço para outras cartas aparecerem durante as compras. Decks como Dark World, Inzektor, Chaos, e Frog podem se beneficiar afinando o baralho, mas o mesmo não pode ser dito sobre Hero Beat, Six Samurai, Macro Rabbit e Malefics.

De certa forma também ajuda na versatilidade, pois o monstro enviado acabará ajudando de alguma forma e já fica pronto para atender às circunstâncias quando for necessário. O Plant Synchro de um tempo atrás tinha muitas possibilidades de jogadas com Foolish Burial; poderia mandar Dandylion e ganhar tokens para synchro ou defesa, Bulb e Spore para synchro, Zephyros para atacar ou desenvolver combos, enfim várias opções se abrem ao afinar um deck.

#03 - Milling
O mill já deve ser bem conhecido pela maioria dos jogadores, graças aos monstros Lightsworn. Basicamente é o esquema de enviar cartas do topo do baralho ao cemitério. Esse método possui algumas vantagens bem únicas. Entre elas está a velocidade com que ocorre, rapidamente enchendo o cemitério disponibilizando várias opções, ou simplesmente colocando uma carta crucial para o deck, como é o caso do Inzektor Hornet. Uma outra vantagem é a facilidade de aplicá-la, apesar das engines de mill mais potentes usarem os monstros Lightsworn como Ryko e Lyla e suas spells de suporte, um único Card Trooper pode fazer o trabalho se não houver espaço para tudo isso.

A maior desvantagem reside no fato de que é um processo totalmente aleatório, logo você não pode controlar o que vai e o que fica. É desagradável ver cartas muito boas caindo no cemitério para não serem mais usadas pelo resto da partida. Além disso, o seu oponente ganha informações de que você não tem certas cartas na mão, porque elas já estão no cemitério, então pode organizar suas jogadas de acordo. Há também o risco do deck acabar, mas isso é bem raro, considerando que a estratégia já deve estar funcionando bem quando estiver próximo do final das cartas, e até lá você já deve estar próximo da vitória.

#04 - Draw Power
Esta já foi a maneira mais usada para melhorar tanto a consistência quanto a versatilidade dos decks. No passado, era permitido o uso de Pot of Greed, Graceful Charity, Card of Safe Return e Mirage of Nightmare, por isso era muito fácil ficar comprando cartas o tempo inteiro e adquirir as peças de um combo ou a saída para um aperto. Hoje em dia, não temos mais toda essa capacidade de ficar comprando cartas, mas há opções como Upstart Goblin, Allure of Darkness e as exclusivas de arquétipos como Destiny Draw, Six Samurai United e Karakuri Anatomy.

Apesar das Draws serem aleatórias, não há o mesmo problema que o mill de mandar algumas cartas úteis para o cemitério, pois você as recebe direto na mão, logo pode utilizá-las quando for mais apropriado. Não há uma desvantagem que possa ser apontada para as compras. O seu maior problema é realmente encontrar as cartas que ofereçam essa força, já que a maioria das boas é banida ou limitada.

Agora que já apresentei os recursos que o jogo oferece aos jogadores, posso fazer um breve comentário sobre o tamanho do deck. A maior parte das pessoas usa 40 cartas como padrão para qualquer baralho, porém eu gostaria de esclarecer que isso não é uma obrigação nem sinônimo de resultados. É óbvio que jogando com o mínimo possível  aumentam as chances de comprar as melhores cartas, entretanto alguns decks podem se virar com até 42 cartas se achar necessário incrementar as opções ou reduzir o risco de abrir com algo indesejável, como um Wulf.

Acima de 42 eu admito que é bem arriscado, pois as suas cartas mais poderosas (Reborn, Heavy...) sofrem uma drástica queda na probabilidade de aparecerem. Também deve-se considerar que tipo de deck está sendo montado, porque um aumento no número de cartas dificulta o acesso a peças específicas e fundamentais, por exemplo Rescue Rabbit e Treeborn Frog, o que prejudica a performance do baralho.

Espero que tenham gostado deste post. Eu vou continuar falando o que eu acho importante para construir um bom deck, mas não necessariamente em sequência. Não se esqueçam que eu apenas dei dicas, não as siga como se fossem regras, e tenha em mente que o teste é sempre o melhor caminho para os melhores resultados.

Não deixem de comentar o que acharam e se há algo diferente que queiram ler, seu retorno é muito importante! Até a próxima!

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom post!

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